sexta-feira, 15 de março de 2024

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

 

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:

1º _ PASTORES ALEMÃES LOBEIROS: O QUE OS TORNA ESPECIAIS, editado em 02/11/2015

2º _ BULDOGUE FRANCÊS: TERÁ O CÃO DA MODA OS DIAS CONTADOS?, editado em 14/03/2024

3º _ GUERRA ISRAEL-HAMAS: OS CÃS-ROBOTS JÁ CHEGARAMÀ GUERRA!, editado em 10/03/2024

4º _ CÃES DE SERVIÇO REDUZEM AS CONVULSÕES DE EPILEPSIA RESISTENTE, editado em 13/03/2024

5º _ O CÃO DOS SALOIOS, editado em 24/08/2009

6º _ MUROS, MUROS DE PROJECÇÃO NEGATIVA E ANGULAÇÕES CANINAS, editado em 10/03/2024

7º _ AS IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES SUL-COREANAS DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS, editado em 12/03/2023

8º _ COMO DEFENDER-SE DO ATAQUE DE UM JAVALI, editado em 19/08/2019

9º _ O PADRINHO E O AFILHADO, editado em 10/03/2024

10º _ O CANIBALISMO CANINO, editado em 12/04/2018

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

 

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:

1º Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Bulgária, 5º França, 6º Alemanha, 7º Israel, 8º Reino Unido, 9º Suécia e 10º Moçambique.

quinta-feira, 14 de março de 2024

BULDOGUE FRANCÊS: TERÁ O CÃO DA MODA OS DIAS CONTADOS?

 

Numa pesquisa recente realizada pela RSPCA (Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals), mais de 75 por cento das pessoas no País de Gales acreditam que criar cães com problemas genéticos de saúde é inaceitável, o que destaca a preocupação pública com o bem-estar das raças de focinho achatado, como buldogues franceses, ingleses e pugs (entre outros). Apesar destas preocupações, estas raças têm-se tornado cada vez mais populares, indo invariavelmente parar às mãos de proprietários desavisados que enfrentam os sérios problemas de saúde desses cães e que sujeitam a dispendiosas contas de veterinário. Esme Wheeler, especialista em cães da RSPCA, disse: “Eles (os cães braquicéfalos) estão aprisionados num corpo que é doloroso, inibidor e que os impede de serem cães”, acrescentando que as três raças que mais sofrem – pugs, buldogues ingleses e buldogues franceses – foram “normalizadas” e celebradas na publicidade, que promoveu a procura pela sua aquisição, apesar dos seus problemas de saúde. Como parte da campanha “BORN TO SUFFER”, a RSPCA apela ao fim da criação extrema e, em vez disso, dá prioridade à saúde e ao bem-estar dos cães. Sra. Wheeler conclui: “É importante que as pessoas saibam que quando veem fotos ‘fofas’ de um pug no Instagram, a realidade por trás da foto é muito diferente”.

A opinião agora conhecida dos galeses acerca dos cães braquicéfalos, mesmo que não seja comum a todos os britânicos, vai de encontro as parecer generalizado de muitos países, governos e associações de bem-estar animal, que reclamam há muito o fim da criação destas raças, havendo inclusive países que já o fizeram e outros que breve seguirão o seu exemplo, atendendo ao desgraçado quadro clínico destes cães. Assim, atendendo ao cão da moda, pergunta-se: terá o Buldogue Francês os dias contados?

Tê-los-á se continuar a ser criado como até aqui; não os terá se lhe restituírem o focinho! Penso que sub-repticiamente, porque são os primeiros interessados na continuação desta raça até agora altamente lucrativa, os seus criadores já estão a alterar gradualmente o focinho destes cães sem contudo lhes alterar as características que os elegeram como preferidos de muitos.

Todos os braquicéfalos irão passar por um processo selectivo idêntico graças a uma maior consciência sobre os direitos dos animais, profundamente enraizada nos mais novos também pelo contributo da ciência. O empirismo puro e simples, aquele que era realizado para se ver o que sucedia por ausência de explicações, terá outras aplicações para além da canicultura, porque nos cães ele já causou mal que baste.

PS: Quando procurar adquirir um cachorro Buldogue Francês procure por uma ninhada cujos reprodutores não tenham o focinho exageradamente achatado e escolha o cachorro que tiver o focinho mais comprido. Esta deverá ser a sua primeira preocupação, depois de verificar o despiste das doenças mais comuns que afligem a raça.

THOR: ENTRE OLIVEIRAS E SKATERS

 

Como o CPA negro Thor continua a não marchar diariamente aquilo que precisa para a sua saúde e robustecimento, facto que é devido aos muitos afazeres do seu dono, as aulas deste cachorro, agora com 6 meses de idade, sempre começam por uma caminhada de 3 a 3,5km de extensão em toada leve. Privado de andar à trela diariamente com o dono e passando a maior parte do tempo à solta num quintal, é natural que cachorro manifeste um natural desencanto pela trela, particular que obsta à celeridade do seu processo educativo. Ontem, depois da caminhada, foi convidado para o “OLIVAL DAS FISGAS”, onde ultrapassou a primeira conforme se pode ver no Gif acima. Depois deste e de outros exercícios de ginástica, rumou a uma PISTA DE SKATE a fim de se familiarizar com o barulho dos skates e com o súbito aparecimento dos skaters, trabalho que retomaremos logo que possível, porque apesar de não mostrar desejo de os seguir, continua estranhamente fixado neles. E, como é curto o caminho entre a fixação e a perseguição, o Thor deverá desinteressar-se completamente dos skates e dos skaters.

Aproveitando a presença ali ao lado de uma estudante universitária angolana, por sinal muito simpática, pedimos-lhe que interagisse com o Thor, para que futuramente o lupino não venha a perseguir e a caçar minorias raciais. Para nossa sorte, porque precisamos das experiências felizes para adestrar convenientemente os cães, a menina angolana adora cães e não manifestou qualquer receio, o que não é muito comum.

Num espaço verde perto da Pista de Skate encontrámos três jovens universitários, amigos das ciências e a estudar no IST e no ISCTE, rapaziada de bem com a vida que se dispôs a colaborar connosco na sociabilização do Thor, interagindo com ele em vários jogos e exercícios.

O binómio Miguel Dias/Thor executou ainda mais exercícios que não constam da reportagem fotográfica deste resumo de trabalhos. Apesar de ter nascido para “altos voos”, o Thor está a ter um desenvolvimento atlético-cognitivo médio, o que o torna incaracterístico e menos apelativo, como se pertencesse a uma variedade cromática serôdia, anomalias ratificadas pela menor definição muscular e pela leveza da sua ossatura. Oxalá o Miguel não se esqueça que o cão precisa de andar!

O COCO JÁ ASCENDE AO TRONO

 

Quando trabalhamos ginástica na cidade, temos obstáculos que marcam a final de cada etapa e o início de outra. Uma das etapas inicias que importa ultrapassar é o ”trono”, uma gigantesca cadeira de bronze que é parte de uma estátua citadina. Subir aquela cadeira não é tarefa fácil para qualquer cão e muito menos para os mais baixinhos, porque é alta (acima de 1m) e apresenta-se como uma vertical crua, dificuldades que o Coco depressa ultrapassou. De momento sobe à cadeira atrelado, mas dentro em breve fá-lo-á em liberdade, se para tanto o seu dono se aprimorar. O GIF acima testemunha a proeza deste pequeno cão, pequeno em tamanho, mas grande de valor, tão grande que nos esquecemos do pequeno que ele é!

quarta-feira, 13 de março de 2024

OS CÃES NA GUERRA: RETORNO A 13 DE MARÇO DE 1942 (USA)

 

Faz hoje 82 anos, que em 13 de março de 1942, o Corpo de Intendentes do Exército dos EUA (QMC) começou a treinar os primeiros cães designados para o novo Programa de Cães de Guerra do Exército. Estes cães ajudaram de sobremaneira as operações do exército norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial e para além dela, incluindo entrega de mensagens e patrulhas de reconhecimento. A participação canina em combate remonta a milhares de anos, mas a sua inclusão nas operações militares americanas só teve o seu início no século XX. O G-5, Quartel-General das Forças Expedicionárias Americanas, fez uma proposta no início de 1918 para adquirir cães para a Primeira Guerra Mundial. O assunto foi rejeitado, e os únicos cães do Exército dos EUA na França eram mascotes não oficiais e não treinados para operações militares oficiais. Na véspera do ataque a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, os únicos cães utilizados pelo Exército dos EUA eram cães de trenó. O ataque a Pearl Harbor destacou os perigos dos inimigos e sabotadores estrangeiros, a ideia de empregar cães para funções de sentinela e patrulha para aumentar a segurança nacional foi novamente levantada.

Um apelo inicial para o uso de cães nas forças armadas veio de uma organização chamada Dogs for Defense, que foi criada por proprietários de cães, principalmente em Nova Iorque, e mais tarde defendida pelo American Kennel Club. Em resposta a este movimento, o American Theatre Wing War Service ofereceu-se para doar cães ao QMC para serem usados na defesa nacional. Em 13 de março de 1942, o QMC começou a treinar o primeiro lote de cães militares para o seu novo Programa War Dog, conhecido coloquialmente como “K-9 Corps” do Exército. Em março de 1944, o Departamento de Guerra autorizou quinze pelotões War Dog, sete deles operando na Europa e oito no Pacífico. Embora muitos cães tenham sido treinados para o serviço de sentinela, os cães de guerra também desempenharam um valioso papel de inteligência. Cães de reconhecimento/patrulha foram treinados para se mover silenciosamente para evitar a sua detecção e sinalizar ao detectar a presença do inimigo. O treinador de escoteiros frequentemente liderava patrulhas de combate à frente das unidades de infantaria. De acordo com o QMC: "Os cães batedores muitas vezes conseguiam detectar a presença de inimigos a distâncias de até 1.000 metros, muito antes que os homens detectassem a sua presença. Quando um cão batedor alertava para a presença de um inimigo, ele enrijava o corpo, arrepiava o pêlo, espetava as orelhas e permanecia com a cauda rígida.

A presença dos cães nas patrulhas diminuía muito o perigo de emboscada e tendia a aumentar o moral dos soldados. Um total de 436 cães batedores serviram o Exército dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Outros 151 serviram como cães mensageiros durante a guerra, especialmente no Pacífico, onde a necessidade de furtividade, agilidade e protecção das linhas de comunicação foi facilitada pelos quarteirões insulares menores. Os cães mensageiros foram treinados para se moverem silenciosamente, para se protegerem naturalmente entre unidades e para manterem uma lealdade feroz aos dois treinadores com os quais operavam. Um relatório oriundo da Nova Guiné em 1943 destacou a excelência dos cães mensageiros no sudoeste do Pacífico, observando que os cães mensageiros podiam cobrir distâncias entre 600 a 1000 metros em grandes velocidade, ao mesmo tempo que alvos muito menores para o fogo inimigo.

Cães mensageiros eram frequentemente usados junto com cães batedores para entregar relatórios de reconhecimento do campo ao quartel-general ou às posições de retaguarda. Exemplos de trabalho excepcional de cão batedor e mensageiro durante a guerra incluíram Bobo, um cão batedor tratado pelo sargento John Coleman, que liderou uma patrulha de reconhecimento através do território controlado pelos alemães e salvou sua unidade quando alertou sobre a presença inimiga. Buster, um cão mensageiro da Companhia F, 155º Regimento de Infantaria, na Ilha Morotai, salvou a vida de uma patrulha inteira transportando instruções de e para a unidade emboscada, garantindo-lhe reforços. Embora se acreditasse que os cães mensageiros tenham fornecido uma utilidade limitada durante a guerra devido às constantes mudanças nas diversas zonas de combate, os cães batedores provaram ser acréscimos inestimáveis no trabalho de reconhecimento militar e continuam a servir os militares de hoje.

Salvaguardado o interesse histórico, primeiro motivo para a divulgação deste texto, há nele demasiadas informações acerca do que foram os cães de guerra do passado, que não vou destacar por duas razões: porque entendo que o lugar dos cães não é nas guerras e não estou nada interessado em contribuir para outras, muito menos à porta de casa. Não obstante, tendo sobre esta matéria um conhecimento mais pormenorizado, não corro o risco de errar ao dizer que os cães de guerra alemães estavam melhor treinados do que os americanos, talvez porque os teutónicos tivessem abraçado a cinotecnia mais cedo. Ultrapassadas as duas Guerras Mundiais, os norte-americanos não voltaram a ficar atrás de ninguém com os seus cães.

CÃES DE SERVIÇO REDUZEM AS CONVULSÕES DA EPILEPSIA RESISTENTE

 

Trabalhar com cães de serviço treinados clinicamente está associado a uma redução de 31% nas convulsões em comparação com os cuidados habituais na epilepsia resistente ao tratamento, segundo mostrou um novo estudo. Os investigadores especulam que os cães podem aliviar o stress dos participantes, levando a uma diminuição na frequência das crises, muito embora observem que esta relação justifica mais estudos. “Apesar do desenvolvimento de vários medicamentos anticonvulsivos nos últimos 15 anos, até 30% das pessoas com epilepsia apresentam convulsões persistentes”, disse a autora do estudo Valérie van Hezik-Wester, MSc, da Erasmus University Rotterdam em Rotterdam, Holanda, num estudo. “ A natureza imprevisível das convulsões é um dos aspectos mais incapacitantes da epilepsia”, acrescentou Hezik-Wester. Os cães convulsivos são treinados para reconhecer convulsões e responder quando elas ocorrem. “As tarefas que esses cães realizam junto com sua companhia podem reduzir a ansiedade relacionada às convulsões, reduzindo potencialmente também as convulsões causadas pelo stresse, o gatilho mais comum para convulsões”, acrescentou. As descobertas foram publicadas online em 28 de fevereiro na revista Neurology.

O estudo incluiu 25 indivíduos com epilepsia refractária ao tratamento médico que tiveram uma média de duas ou mais crises por semana, com características de crises associadas a um alto risco de lesões ou disfunções. Eles também precisavam de ser capazes de cuidar de um cão-guia. Todos foram observados sob os cuidados habituais, que incluíam medicamentos anticonvulsivos, dispositivos de neuro-estimulação e outras terapias de suporte. Os participantes poderiam então optar por trabalhar com um cão de serviço que tivesse completado o treino de socialização e obediência ou receber um filhote que treinariam em casa. O acompanhamento médio foi de 19 meses com os cuidados habituais e 12 meses com a intervenção. Os participantes registaram a actividade convulsiva em diários e preencheram pesquisas sobre a gravidade das convulsões, qualidade de vida e bem-estar a cada 3 meses. As contagens diárias de crises foram convertidas para obter frequências cumulativas de crises ao longo de períodos de 28 dias. Dos 25 participantes originais, seis interromperam a participação no estudo antes do final do acompanhamento, quatro dos quais abandonaram o estudo devido a dificuldades com os cuidados e treino dos cães. Os participantes que receberam cuidados habituais relataram uma média de 115 convulsões por período de 28 dias, enquanto aqueles com cães de serviço treinados registaram 73 convulsões no mesmo período, uma diferença de 37% entre os grupos.

Os pesquisadores descobriram que os participantes tiveram em média 31% menos convulsões durante os últimos 3 meses quando tiveram cães convulsivos a seu lado, com 7 participantes alcançando uma redução de 50% a 100% nas convulsões. O número de dias sem convulsões aumentou em uma média de 11 dias por período de 28 dias, respectivamente antes de receber um cão de serviço e 15 dias depois de trabalhá-lo. As pontuações no EQ-5D-5L, que medem os problemas de saúde percebidos, diminuíram em média 2,5% por período consecutivo de 28 dias com a intervenção, reflectindo um aumento na qualidade de vida genérica relacionada à saúde (0,975; IC 95%, 0,954 -0,997). “Essas descobertas mostram que os cães convulsivos podem ajudar as pessoas com epilepsia”, disse van Hezik-Wester. "No entanto, também descobrimos que esta parceria com cães convulsivos pode não ser adequada para todos, já que algumas pessoas interromperam a sua participação neste programa. São necessárias mais pesquisas para compreender melhor que pessoas podem beneficiar com o trabalho dos cães convulsivos." Num editorial de acompanhamento, Amir Mbonde, MB, e Amy Crepeau, MD, da Clínica Mayo em Phoenix, Arizona, observaram que as descobertas se somam a um conjunto crescente de trabalhos sobre a eficácia dos cães de serviço na redução da frequência de convulsões. “Além de melhorar o controlo das crises, o estudo EPISODE demonstrou o benefício dos cães na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, um componente crucial do tratamento abrangente da epilepsia”, escreveram eles.

Em estudos anteriores, os cães convulsivos identificaram o odor que uma pessoa emite antes de ter uma convulsão em até 97% das pessoas, observaram, acrescentando que esta capacidade “oferece imensos benefícios clínicos às pessoas com epilepsia, melhorando a sua independência, envolvimento social, emprego, oportunidades, autoconfiança e, portanto, a sua qualidade de vida." As limitações do estudo incluem o pequeno tamanho da amostra e a alta taxa de desgaste. O estudo foi financiado pela Organização Holandesa para Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde e pela Innovatiefonds Zorgverzekeraars. 

E ASSIM SE PERDEU ESTUPIDAMENTE UM PASTOR ALEMÃO NEGRO

 

Na segunda-feira 04 de março de 2024, na vila e freguesia (Ortsteil) de Waßmannsdorf pertencente à cidade alemã de Schönefeld, localizada no distrito de Dahme-Spreewald, em Brandenburg, Christian Gries, de 48 anos de idade, decidiu ir passear com o seu Pastor Alemão negro Theo de 8 anos e com um amigo ao longo de um esgoto da estação de tratamento de águas do distrito de Waßmannsdorf, que se encontra coberto com uma espuma branco-amarelada resultante de proteínas espumosas, mas não tóxicas (foto seguinte).

A determinada altura, o amigo do dono do cão quis observar de mais perto aquele canal, no que foi seguido pelo curioso Pastor Alemão, que ao correr sobre a encosta acabou por escorregar e cair dentro do canal, sendo levado pela corrente para dentro da tubulação do esgoto. Os dois homens ligaram imediatamente para o corpo de bombeiros local e para outros serviços de resgate, não olhando a esforços para encontrar o animal. Cães de busca também foram solicitados para o detectar, mas até agora em vão - ainda não há vestígios de Theo! Gries, em homenagem ao seu devotado companheiro canino, colocou uma cruz no local do acidente. A família quer pelo menos resgatar o cão morto do túnel para se despedir. No entanto, segundo as suas próprias declarações, estão a lutar contra o vento produzido pelos moinhos da burocracia.

Particularmente amargo, o dono do cão desaparecido diz-se que passado houve um incidente semelhante com outro cão na vala de drenagem. A família apela agora ao prefeito e à comunidade para alertar os donos de cães sobre esta zona de perigo. Além disso, a tubulação de esgoto deve ser bloqueada com uma grade. Mas um primeiro passo foi dado, já que funcionários da Berliner Wasserbetriebe (empresa das águas) criaram uma estrutura de protecção temporária. Importa salientar que há naquele local um sinal de alerta que diz: “Entre no sistema de gestão de água por sua conta e risco” (Wasserwirtschaftliche Anlage Betreten auf eigene Gefahr). A foto abaixo é do falecido CPA negro Theo.

Assim se perdeu estupidamente um Pastor Alemão negro, que por insanidade do seu dono, vagueava solto por aquele local perigoso. No meu entender, caso o cão se encontrasse à trela, o “acidente” não teria ocorrido e só seria um acidente se o dono viesse a cair acidentalmente ou o material se partisse. Como nenhuma destas coisas aconteceu, estamos perante a morte de um cão causada pela irresponsabilidade (leviandade) do seu dono. Quem não antevê os perigos e não pondera os riscos, nem por si pode responder, quanto mais por um cão!

terça-feira, 12 de março de 2024

AS IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES SUL-COREANAS DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS

 

As importações de alimentos para animais de estimação da Coreia do Sul cresceram de 239 milhões de dólares em 2018 para 347 milhões de dólares em 2022, de acordo com um relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A China é o principal fornecedor de alimentos para animais de estimação da Coreia do Sul, com uma participação de mercado de 30%. Os Estados Unidos seguem com 21%, e a Tailândia vem em 3º lugar, com 13% do mercado de importação de alimentos para animais de estimação da Coreia do Sul.

Os gatos superaram os cães na Coreia do Sul no ano passado. Previa-se que a população de gatos cresceria 4% em 2023. Previa-se que a população de cães crescesse mais lentamente. A taxa de crescimento anual da população de cães de estimação da Coreia do Sul tem sido de 3% ou menos desde 2019. Projecta-se que os alimentos húmidos para gatos, guloseimas e misturadores apresentem as taxas de crescimento mais fortes. Embora a ração húmida para cães continue a ganhar participação de mercado, a inflação elevou os preços da venda ao público da ração para cães entre 10% e 20%. Sob pressão inflacionária, os donos de cães tornaram-se mais conscientes dos preços.

As exportações de alimentos para cães e gatos dos Estados Unidos para a Coreia do Sul tinham originalmente uma tarifa de 5%. Com o Acordo de Livre Comércio EUA-Coreia (KORUS), as exportações de alimentos para cães e gatos dos EUA entram na Coreia do Sul com isenção de impostos. A Coreia do Sul é um dos 10 principais parceiros comerciais de bens dos Estados Unidos, em parte graças à KORUS. O pacto comercial entrou em vigor em 15 de março de 2012. A KORUS reduziu ou eliminou tarifas sobre uma ampla gama de bens e serviços, incluindo alimentos para animais de estimação, facilitando fluxos comerciais mais suaves.

A Coreia do Sul também produz os seus próprios alimentos para animais de estimação e exporta-os. Em 2023, as exportações de alimentos para animais de estimação da Coreia do Sul cresceram 56% em relação ao ano anterior até setembro, estabelecendo um novo recorde, de acordo com dados do Serviço de Alfândega da Coreia, informou Alma Buelva, da Petfood Industry. A alfândega informou que as remessas de produtos para animais de estimação atingiram US$ 116 milhões até setembro de 2022, ultrapassando os US$ 111 milhões postados em todo o ano de 2021.

A alfândega disse que os produtos de ração para cães e gatos representaram US$ 61 milhões e US$ 47 milhões, respectivamente. Outros bens, incluindo trelas e roupas, representaram 8 milhões de dólares. As exportações de alimentos para animais de estimação da Coreia do Sul foram principalmente para o Japão, que importou US$ 4,5 milhões (39%), seguido pela Tailândia com US$ 1,7 milhões pela Austrália com US$ 1,5 milhões. A alfândega disse que as importações de outros produtos para animais de estimação pela Coreia do Sul também cresceram de janeiro a setembro de 2022 (17%), avaliadas em US$ 291 milhões.

Estes números parecem exorbitantes, mas são inferiores aos verificados em Portugal, onde nunca houve tradição de se comer carne de cão! Lamentavelmente continuamos a subsidiar com as nossas matérias-primas as indústrias de outros e a ser seus consumidores, como sucede com a alimentação para animais de estimação. Com os desperdícios de carne e especialmente de peixe, caso tivéssemos investidores e empresários atentos e nisso empenhados, bem que poderíamos vender rações de qualidade para múltiplos mercados, porque matéria-prima não nos falta e gente capacitada muito menos! Já fomos e somos bem-sucedidos com as conservas de peixe, especialmente com a sardinha, que é hoje vendida para 70 países, também poderemos vir a ter êxito nas exportações de rações para animais de estimação. Sem conflitos à porta, a nossa paz deverá ser aproveitada para gerar riqueza e não para se constituir, novamente, numa ocasião para a pobreza!

FRANÇA: INCIDENTE DIGNO DE UM FILME DE TERROR

 

Quando s encontravam a passear, uma professora e o seu cão foram atacados por um desconhecido na segunda-feira, dia 04 de março e2024, nas ruas da localidade francesa de Rions, na região administrativa de Nouvelle-Aquitaine, no departamento da Gironde. O homem bateu no animal e depois pendurou-o num poste! A sua dona desesperada presenciou a cena e tentou dissuadir o homem que andava na rua de chinelos. “Não faça isso, sou viúva. Só o tenho a ele”, teria dito a professora ao agressor, que garante que o seu cão não fez nenhum mal ao homem e que até se encontrava à trela. Uma jovem que passou por ali fez uma massagem cardíaca ao cão e conseguiu reanimá-lo. “Foi como um filme de terror. Olaf já não respirava e estava duro, acabou”, testemunhou a professora aos media locais, que após o ataque apresentou queixa à polícia. O agressor foi identificado e apresentado ao delegado do Ministério Público em Bordeaux após ser detido. Entretanto, a dona do cão atacado e ressuscitado entrou em contacto com a Vénus, uma associação de direitos dos animais. Laurent Blanchard-Talou, vice-presidente desta associação, condenou veementemente aquele “acto de extrema crueldade, uma abominação”. Chocada, a professora optou por não regressar a Rions, onde tinha alugado um apartamento, mudando-se para Saint-Caprais-de-Bordeaux. “Desde aquele evento, não voltei a dormir descansada”, admitiu.

Sempre houve quem não gostasse de cães, quem não hesitasse em apedrejá-los, pontapeá-los e até matá-los, mas agora com o protagonismo que os cães alcançaram nas sociedades contemporâneas, o ódio e a revolta contra eles e os seus donos tem aumentado um pouco por toda a parte pelo que, em paralelo com os ataques dos cães, somos também obrigados a considerar aqueles que lhes são infligidos. Agora, para além de termos de afastar e proteger os nossos cães das abomináveis iscas venenosas, somos também obrigados à autodefesa, principalmente os mais frágeis, englobando-se nesta categoria as crianças, os idosos e as senhoras mais simpáticas, arredadas do exercício físico e que são incapazes de ripostar. Como sair com um cão à rua a determinadas horas pode ser uma aventura ou desventura, é melhor fazê-lo acompanhado.   

O QUE TEM O AEROPORTO DE ISTAMBUL QUE OUTROS NÃO TÊM?

 

Cães de terapia estão agora disponíveis no Aeroporto de Istambul para ajudar a acalmar os nervos dos viajantes mais tensos, através de um programa que já dura há um mês e que pretende reduzir o stresse e a ansiedade dos passageiros que passam pelos seus terminais, nomeadamente daqueles que gostam de cães. Com o feedback positivo dos passageiros, a operadora aeroportuária IGA quer expandir o projecto aumentando o número de cães disponíveis para confortar os passageiros de 5 para 10, segundo fez saber Abdulkadir Demirtas, gerente de apoio ao cliente “viajar pode ser stressante… Segundo pesquisas, a interacção entre animais e humanos reduz os níveis de stresse e de ansiedade”, continuou Demirtas. Murat Cengiz Koca, especialista em comportamento canino e treinador que acompanha os cães pelo aeroporto, disse que os animais foram treinados para não reagir a sons ou pessoas. “Os cães que escolhemos passaram por um processo e treino que durou um ano e eles estão aqui hoje porque tiveram sucesso”, disse ele.

Pouco a pouco, depois de dura luta pela sua aceitação e pelo reconhecimento dos seus méritos, os cães de terapia vão aparecendo nos mais variados edifícios e serviços que fazem parte do quotidiano das pessoas, o que para muitos se reverterá numa excelente ocasião de emprego e até de negócio. Pelas palavras do Sr. Koca - “os animais foram treinados para não reagir a sons ou pessoas” – percebe-se perfeitamente que os cães em questão foram sujeitos a um cuidadoso processo de sociabilização. Como qualquer cão poderá vir a ser um excelente animal de terapia, desde que tenha o perfil psicológico indicado e venha a ser convenientemente ensinado, os cães desaprovados nos cursos de segurança, por lhes faltar a potenciação dos instintos e dos impulsos herdados inerentes ao desempenho dessa função, poderão muito bem ser readaptados e constituídos em excelentes cães de terapia, isto se não forem exímios farejadores, próprios para operações de detecção, resgate e salvamento. Ainda que desperdiçado, atendendo à sua escassez, necessidade e nobreza de serviço, um cão-guia poderá ser um excelente cão de terapia, assim como alguns cães que nesta especialidade não alcançaram o aproveitamento necessário. Não demorará muito tempo para que mais aeroportos sigam o exemplo do aeroporto da capital turca. 

segunda-feira, 11 de março de 2024

O DESPREZO PELA TRELA PODE MATAR

 

Grande número de donos de cães mostra um completo desprezo pelo uso da trela, talvez porque igual número deles não saiba como pegar-lhe. À parte deste pormenor bastante elucidativo, há ainda quem queira andar despreocupado e de mãos livres, evitando sempre que possível ser rebocado e constantemente obrigado a fazer força, para além de outros que entendem que este acessório é nocivo para os seus cães, como é o caso dos donos dos braquicéfalos, que se afligem ao ouvir a respiração dos seus companheiros caninos. Exceptuando os instintos e as reacções que despertam, tudo nesta vida carece de aprendizagem e conduzir um cão à trela não escapa à regra, para que o cão aprenda a andar ao lado do seu dono sem o puxar e/ou desequilibrar. Convém não esquecer que a trela pode salvar a vida a um cão e que a sua dispensa pode expô-lo a grandes perigos e até matá-lo, particular que os donos de um cão no município de Hohe Wand, na Baixa Áustria parecem ter esquecido ou ignorado e que obrigou a uma operação de resgate.

Um Bulldog Francês aparentemente sobreviveu a uma queda de 30 metros sem nenhum arranhão. O animal de 2 anos de idade, sem trela, chamada Luna, escorregou no Hohe Wand (provavelmente no Naturapark), no passado sábado, dia 09 de março de 2024, e caiu 30 metros num terreno íngreme, segundo informou a polícia local hoje, segunda-feira. Os seus proprietários alertaram o serviço de resgate de montanha através de uma chamada de emergência. Um elemento da equipa de resgate foi baixado até ao animal por uma corda, colocando-o depois dentro da sua mochila (foto abaixo). Ambos foram resgatados daquela parede por meio de uma roldana. O cão não foi ferido, mas por precaução foi levado a um veterinário.

Não deveriam os seus donos, também por precaução, ser levados a um profissional de saúde mensal? Onde teriam a cabeça quando deixaram o pequeno cão à sua sorte naquele terreno irregular? Estariam entretidos com alguma coisa ou estupefactos com o vislumbre da paisagem? No meio de tamanha insanidade ainda tiveram sorte, porque o pequeno Bulldog saiu ileso, o que não os isenta de pagar a factura do Serviço de Resgate de Montanha. Num terreno com aquelas características a trela é um acessório mais do que obrigatório!

JUSTIÇA É ISTO!

 

Em França, no setembro de 2023, um Chihuahua morreu durante uma caminhada em Montrond-les-Bains (Loire), em consequência de ter ido atacado por um American Staffordshire Terrier, que se apresentava solto e sem açaime. Sabendo-se em contravenção com a lei, o seu proprietário tentou justificar-se perante o Tribunal de Polícia de Saint Étienne, onde compareceu no passado sábado, dia 9 de março de 2024, dizendo que o animal não conseguia fazer as suas necessidades fisiológicas preso. Em terras gaulesas o American Staffordshire Terrier é considerado um cão de ataque (cão de raça perigosa), classificado na categoria 2.

Uma avaliação comportamental concluiu que há um risco menor de perigo se o animal for mantido à trela, usar açaime e operar em área cercada. Medidas que o proprietário admite não ter tomado por falta de meios. “Você escolheu adquirir um cão perigoso, mas não obedeceu às regras”, disse o delegado do ministério público. Por decisão do tribunal atrás citado, o American Staff foi confiscado ao seu proprietário e entregue a uma organização de bem-estar animal. O seu proprietário terá ainda de indemnizar a dona do Chihuahua, que se mostrou profundamente afectada com a morte de seu cão: “Vi o meu cão morto na via pública. Coloquei-o num saco de lixo para a autópsia.” O arguido foi ainda condenado a três multas de 750€ no total.

Louvo a decisão do Tribunal de Polícia de Sainte Étienne ao condenar o dono e não o cão, o que nem sempre acontece em casos destes, acabando os animais por pagar pela irresponsabilidade dos seus donos. Ao confiscar o American Staffordshire ao seu proprietário, o tribunal reconheceu que ele não era o proprietário indicado (responsável) para um cão com aquelas características – fez-se justiça!

UM DOMINGO COM 43 BÚLGAROS

 

Ontem, domingo, 10 de março de 2024, dia de eleições legislativas em Portugal ganhas pela AD (centro-direita), este blogue, surpreendentemente, teve 43 leitores da Bulgária, país parceiro europeu de quem os portugueses pouco sabem, quiçá por ter pertencido no passado aos países do Pacto de Varsóvia. Não é comum termos tão elevado número de leitores de países dos Balcãs, eventualmente alguns bósnios, húngaros, moldavos, romenos e sérvios, pelo que tão grande número de leitores búlgaros é digno de nota de destaque.

Apesar de pouco sabermos acerca da Bulgária, há quem diga que ela tem muitas similaridades com Portugal, parecer de quem nela viveu durante o período da “Cortina Ferro”, ela é um país muito antigo e tem sido palco de muitas guerras e conflitos ao longo dos tempos, várias vezes perdeu a sua independência e outras tantas a retomou, confirmando uma identidade única que soube conservar hábitos e costumes dos povos que por lá passaram, possuindo por isso uma rica e antiquíssima herança cultural. A Bulgária, que em tempos foi difusora do alfabeto cirílico, é hoje membro da União Europeia, da OSCE e da Nato, apesar de experimentar os piores níveis de corrupção da EU.

Queremos agradecer o contacto a estes búlgaros que nos visitaram e estender-lhes o nosso sincero bem-vindo, esperando em simultâneo continuar a merecer o seu interesse e intercâmbio, o que por certo aproximará os cidadãos dos dois países através do interesse mútuo por cães. Saúde, paz e felicidade para todos, são os nossos votos.

MUITA ATENÇÃO AOS CÃES DOS ALCOOLIZADOS

 

Na cidade alemã de Ulm, terra natal Albert Einstein, na passada sexta-feira, 08 de março de 2024, na estação central da cidade, um homem de 26 anos de idade foi atacado por um cão de raça perigosa, tido ali como cão de luta, mordendo-lhe o rosto segundo adiantou a polícia local. Foi também adiantado que a vítima e a dona do cão, mulher de 28 anos, se encontravam ambos na Estação Central de Ulm, que sem razão aparente, o molosso atacou repentinamente o homem mordendo-lhe o lábio inferior, o que teve como consequência a extracção à dentada de parte do lábio. A sangrar abundantemente, o homem ferido apresentou-se depois a uma patrulha policial. Como a dona do cão se encontrava por demais alcoolizada, com quase 3g/l, o animal foi-lhe confiscado e levado para um abrigo de animais.

Serve a presente notícia para lembrar aos meus leitores da perigosidade de um cão nas mãos de uma pessoa alcoolizada, porque o animal ao ver as alterações de comportamento do dono, pode entendê-las como uma manifestação de vulnerabilidade e passar automaticamente a defendê-lo, mesmo que não haja razão para isso. Contudo, há que saber diferenciar alguém que excepcionalmente se encontra alcoolizado de outro que mui raramente anda sóbrio (o mesmo é igual para as drogas), porque é o cão do que apanhou a piela que o defende e não o do bêbado crónico, que se não estiver preso, rapidamente se põe a milhas, porque nem os cães estão para aturar borrachos, querendo é distância! Em síntese, os cães dos bêbados crónicos (caso os tenham), por norma não atacam e até agradecem que os soltem, enquanto os dos ocasionalmente alcoolizados tendem a defendê-los quer estejam à trela ou em liberdade, pelo que o cão de um amigo pode morder-nos caso ele se encontre intoxicado com álcool ou outras substâncias. 

domingo, 10 de março de 2024

CORRER NO INTERVALO DA CHUVA

 

Com as previsões da chuva a serem actualizadas constantemente e com o frio a fustigar-nos o rosto, por pouco não apanhámos com um impiedoso banho de granizo, optei por dedicar a aula de ontem, sábado, 09 de março de 2024, à Técnica de Condução, considerando que quase todos os alunos mais adiantados se encontravam presentes na Pista Táctica. Na foto acima vemos o José António a fazer uma passagem pela retaguarda do FSM Doc e na seguinte o binómio Afonso/Thor a ultrapassar a vertical cruzada.

Na foto seguinte vemos o José Maria a conduzir a CPA Dream para ultrapassar uma vertical fechada com 1m de altura, preparando-se para lhe passar pela retaguarda segundo as exigências do percurso. A Dream portou-se à altura sempre que foi chamada, pelo que merece maior atenção, dedicação e empenho.

O SRD Soneca, como sempre, foi a alegria da classe. A sua presença sempre é um desafio para os outros cães, tornando-os mais competitivos e desejosos de mais agradar aos seus donos. A foto abaixo espelha o momento em que o cão SRD ultrapassou o Lápis.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Afonso/Thor; Jorge/Gaia; Jorge/Soneca; José António/Doc; José Maria/Jay; José Maria/Dream; Paulo/Bohr e Viv/Kiara. Os binómios Cláudio/Balzac, Miguel Dias/Thor e Joana/Coco não compareceram aos trabalhos por diferentes motivos. O Paulinho, mercê do seu alto espírito de sacrifício, porque ainda se encontra atribulado com vários achaques, participou em todas as actividades graças ao convite do CPA Bohr, realizando também a reportagem fotográfica dos trabalhos planeados. O tempo não esteve bom nem mau, apenas instável, não impedindo o empenho e o progresso dos binómios em instrução. 

O PADRINHO E O AFILHADO

 

O padrinho sou eu e o afilhado é o Jorge Filipe, exactamente por ser seu mestre e ele ser meu discípulo, enquanto aluno e interessado pela canicultura e pela cinotecnia. Quando o Jorge vem para a escola com os seus cães encho-me de alegria e sinto-me mais novo, como se corresse no seu lugar e fosse eu que efectuasse as mudanças de mão e de direcção, as rotações de tronco, as acelerações e desacelerações com o SRD Soneca e com a CPA Gaia. No GIF abaixo é possível ver um pequeno percurso de técnica de condução do Jorge com o Soneca, percurso célere com o condutor “a dar corda aos sapatos” e o cão a transbordar de alegria.

Ser padrinho de um afilhado destes faz-me bem ao ego, exalta-me a alma e faz-me dizer: valeu a pena! Nunca é tarde demais para se deixar de acreditar.  Parabéns afilhado pelo bem que continuas a fazer ao teu padrinho.